Resenha do filme “Tudo acontece em Elizabethtown”
- Hannytta Medici
- 27 de fev. de 2016
- 3 min de leitura

Tudo acontece em Elizabethtown conta a história de Drew, um designer de sapatos que acaba de se tornar um grande fiasco. Após oito anos se dedicando ao seu projeto de um novo modelo de sapato, acabou levando a empresa a um prejuízo de 972 milhões de dólares. Isso fez com que o nosso protagonista ficasse muito mal – a ponto de realizar uma tentativa frustrada de suicídio.
Durante essa tentativa de suicídio, ele recebe a ligação de sua irmã avisando que o pai morreu e, ele deve cuidar da situação por causa dos problemas entre a viúva e a família do pai e a irmã precisa cuidar do bebê. Nota: Um bebê que não vemos durante o filme, apenas ouvimos durante poucos segundos durante a noticia do falecimento do pai. E quem era esse bebê?
No avião, Drew conhece Claire, a aeromoça. Por algum motivo, ela simpatiza com o rapaz e se mostra muito prestativa. Ao chegar em Elizabethtown, parece que todos conhecem o Drew. As pessoas acenam e apontam na direção em que o moço deve ir. Como eles sabem?
Após os tantos eventos da família do pai, Drew tenta se comunicar com a família, a ex e Claire. Ele fica revisando as conversas. Uma hora é sobre a decisão de cremar o pai ou enterra-lo, agradecimentos à aeromoça e o termino definitivo do namoro.
A partir dai começa os incensáveis contatos entre Drew e Claire e por obvio um romance e encontros. Em paralelo a viúva está tentando seguir a vida. Ela está tentando aprender a dançar, cozinhar e até mesmo consertar o carro.
Tudo acontece em Elizabethtown é a típica comédia romântica e que tenta trazer lições de vida e superação. As duas horas bem cansativas do longa, emplacou apenas 28% de aprovação no site Rotten Tomatoes.
Apesar das minhas pesquisas mostrarem que a trilha sonora é uma das características marcantes do diretor, o excesso de musicas acabou deixando o longa cansativo. Boa parte dos momentos silenciosos é preenchida por músicas, que muitas vezes, coincidem com as falas e isso acabou ficando sonoramente poluído.
O roteiro perde seu rumo. Estamos lidando com duas historias em uma: a situação de perda e superação, além do romance com uma aeromoça - até então desconhecida – que de cara simpatizou com o mocinho e quer mudar a vida dele. Essas histórias se misturam de tal forma que, fica difícil entender qual é o foco principal da trama, ou o que seria mais importante. Seria a superação, autoconhecimento, o estreitamento de laços familiares e ter do lado uma garota bacana que pode me ajudar nesse processo, ou o romance propriamente dito?
Este é, provavelmente, o primeiro filme de Bloom que podemos chamar de dele. Senti ele um pouco perdido no papel de Drew. Apesar das nuances cômicas serem boas, acredito que ele poderia ter desempenhado melhor o papel. Kristen Dust cumpriu – e até passou um pouco do ponto - com o papel que, eu pelo menos, esperava dela. Claire é o tipo de amiga que todos queriam ter, aquela que sempre tem um conselho para dar e chega a ser um pouco altruísta. Claire me pareceu ser uma pessoa que apesar de tudo, está sempre sorrindo e feliz. Quem consegue ser assim?
Lembro que assisti pela primeira vez logo assim que saiu em DVD e tinha achado o filme bacana. Principalmente porque tinha o Orlando. Recentemente quando revi o filme para esta resenha, achei cansativo e com uma história que poderia ter sido mais bem trabalhada. O filme tem sim bons momentos de humor, mas infelizmente, desta vez não conseguiu prender minha atenção.
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